16.11.09

Ladra

a confusão espelha-se facilmente de um momento para o outro. acorda-se com a simplicidade das coisas na ponta da língua e o ar da rua só propicia um bom estado de espírito. mas as coisas não são o que parecem e surgem-nos de muitas formas durante as horas que passam — será assim ou assado, possível ou impossível, o que tiver de ser ou outra coisa, o que foi ainda vale ou não não vale nada, um mero gesto ou um sinal, esta e aquela e aquela e outra e mais quantas, etc. a confusão interior que reina ao deitar leva a meditações tão pesadas que adormecer é uma busca de paz (já se sabe que de manhã será a mesma coisa, outra vez). adorava sentir-me arrebatado como dantes. adorava que fosse tudo uma mera questão de processos claros que levassem de forma certa a um fim, chapa cinco e está a andar. o problema é ter visto demasiados filmes e ainda estar muito com a cabeça neles, numa ficção que teima em não se mostrar real. há que descer à terra e deixar os deslumbramentos de lado. não sei se consigo ter certeza no coração. há que tentar.

*de alguem

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